sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Aconteceu na Bahia!

Ten cel Amâncio manda a postagem...
"Pense num absurdo, aconteceu na Bahia" 
          (ex-governador Otávio Mangabeira)
 Só podia ser na Bahia, que elege um governador  nascido no Rio,  para no futuro, que se configura presente há já aproximadamente 05 anos, seguir o estado de origem na entrada e manutenção  da bandidagem. Só não copia o modelo de saída da bandidagem.
Só podia ser na Bahia que o governante, nascido  lá nas terras cariocas, apóia nos idos de 2001 em discurso veemente no Congresso Nacional, o sindicalismo de parada das atividades essenciais de segurança, um sindicalista que depois, na data atual, utiliza das mesmas táticas de ocupação e parada nas quais foi treinado e financiado pelo partido do governante.
Só podia ser na Bahia que o governante em campanha para eleição, mostra ao estado o contra cheque do hoje opositor, denunciando o baixo salário, mantido nos dias atuais, um dos motivos da greve.
Só podia ser na Bahia, que o outrora presidente do meu país, chama o salário do policial de “micho”, estimula a greve do já passado ano 2001 e, depois, anistia o indivíduo que hoje é o líder supremo dos grevistas, que colocou de cabeça baixa o seu protegido.
Só podia ser na Bahia, que o governador praticamente aponta o dedo acusatório para seu serviço de inteligência, afirmando não ter sido comunicado da greve, enquanto acendia charutos em Cuba, tomando um bom vinho em plena campanha presidencial.
Só podia ser na Bahia, que os deputados situacionistas somem em momentos tão necessários,  delicados e  vitais, escondendo-se nas sombras dos seus passados, quando induziam e financiavam os movimentos de paradas dos serviços de segurança, sem a menor ocupação ou preocupação, com a vida do cidadão baiano, exatamente como hoje fazem.
Só podia ser na Bahia, que os deputados oposicionistas afastam-se, deixando órfãos os cidadãos que tanto precisam das suas vozes.
Só podia ser na Bahia, que os policiais apontam armas  de forma enfurecida para os cidadãos que pagam seus salários, com os míseros salários que recebem e, ainda têm que sair do transporte público que os conduz.
Só podia ser na Bahia, que a mesa de negociação é realizada na residência episcopal com a presença de um pai de santo, um arcebispo, sindicalistas e governantes, outrora mentores destes sindicalistas. Faltaram os evangélicos, daquelas denominações (não de todas) que participaram tão intensamente da campanha do governante e hoje, visando a não exposição, estão nas trincheiras dos esconderijos.  
Só podia ser na Bahia, que o prefeito da sua capital, desaparece como num passe de mágica, no momento crucial para o povo que o elegeu.
Só podia ser na Bahia, hoje triste, amedrontada, ferida, chorosa  pelos seus mortos deste movimento, pelo cerceamento do seu direito de ir e vir, pelas suas portas de lojas fechadas, pela vulgaridade da imagem de armas apontadas para seus peitos e cabeças, por aqueles marginais de carteirinha ou pelos que se travestem de policiais, que o povo encontra força para trabalhar, sair, sorrir e cantar até para enfrentar a cantiga “Ô, Ô, Ô o carnaval da Bahia acabou”.
Só podia ser na Bahia, que parece ainda não acordou de vez do sonho que virou pesadelo, que uma parte de seu povo ainda grita para os que dormem: ACORDA BAHIA
Pense num absurdo, aconteceu na Bahia, como dizia nosso ex -governador de tempos idos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário