sexta-feira, 8 de junho de 2012

REFORMADOS E ESQUECIDOS.

Reformados e esquecidos'

Na hora em que mais precisa ser lembrados, uma verdadeira legião de brasileiros é sistematicamente esquecida.
Roberto Cavalcanti
Roberto Cavalcanti













Esta realidade, que atinge os aposentados e pensionistas do País, voltou a me rondar – após iniciativas feitas no Senado Federal, onde deixei em tramitação, entre outras ações, projeto de isenção de imposto de renda para portadores de diabetes – por um paraibano, policial militar reformado.
 Ele me abordou recentemente nas ruas de João Pessoa, após me reconhecer como o “Dr Roberto” que vez por outra aparece nos programas de Samuka Duarte, aqui na TV Correio. E me pediu para amplificar este abandono que tanto maltrata os brasileiros que já deram sua contribuição ao País.
 - Seja nosso porta voz, me pediu.
E acrescentou:
- No momento em que não sou mais necessário, sou esquecido, disse, semblante angustiado ao constatar,  através de seu contracheque, mais uma omissão: os valores das aposentadorias e pensões da PM na Paraíba ficaram estacionados enquanto o pessoal da ativa foi contemplado com reajuste.
Sua interrogação continuada era: por que? Por que o aumento não foi extensivo aos reformados? Por que esta legião ficou de fora dos benefícios?
Ele sabe – assim como eu - que este não é um problema pontual nem pode ser creditado ao gestor de plantão.
Infelizmente, o abandono a que aposentados e pensionistas estão submetidos – militares e civis - é histórico. E sem data prevista para acabar.
Os governos, porém, não poderiam escolher pior alvo para cometer esta omissão.
Pois é justo nesta fase da vida – com a eclosão de doenças e limitações – que os aposentados mais precisam de suporte financeiro para fazer frente a despesas inéditas.
Coisas como alimentação diferenciada (os lights e diets que custam infinitamente mais do que os produtos comuns) e a lista nada modesta de medicamentos que passam a fazer parte da rotina diária de quem já chegou a terceira idade.
Some-se a isso o fato da família envelhecer junto, demandando os mesmos cuidados e amplificando ainda mais a pesada carga financeira que acompanha a velhice.
São detalhes nada sutis que precisam ser levados em consideração e devem motivar – ainda que com atraso - a revisão dessa política de esquecimento e exclusão praticada contra nossos aposentados.

Roberto Cavalcanti