segunda-feira, 21 de maio de 2012

Jovem que gravou relação sexual de colega gay é condenado nos EUA.

Dharun Ravi pegou 30 dias de prisão e três anos de liberdade assistida. Ele divulgou vídeo que fez Tyler Clementi, de 18 anos, se suicidar em 2010.


Dharun Ravi chega ao tribunal para ouvir sua sentença nesta segunda (21) em New Brunswick, Nova Jersey (Foto: Mel Evans / AP)

Dharun Ravi chega ao tribunal para ouvir sua sentença nesta segunda (21) em New Brunswick,
Nova Jersey (Foto: Mel Evans / AP)
Um tribunal de Nova Jersey sentenciou nesta segunda-feira (21) o jovem estudante que gravou seu companheiro de quarto mantendo relações sexuais com outro homem, uma atitude que resultou no suicídio do mesmo após sua divulgação na internet, com uma pena de 30 dias de prisão e três anos de liberdade assistida.
O jovem Dharun Ravi, de origem indiana, poderia pegar dez anos de prisão e até ser deportado de volta ao seu país por causa do suicídio de Tyler Clementi, seu companheiro de quarto na universidade de Rutgers. No entanto, o juiz Glenn Berman limitou sua sentença a 30 dias de prisão e também não ordenou sua deportação.
Clementi tinha 18 anos quando se suicidou ao se atirar da ponte George Washington, que une Nova York e Nova Jersey, em setembro de 2010. O jovem decidiu se suicidar depois de descobrir que tinha sido gravado por Ravi mantendo relações sexuais com outro homem, além do fato das imagens terem ido parar na Internet.
Diante de um tribunal abarrotado, a mãe do jovem, chamada Jane Clementi, declarou que a única coisa que ela ainda esperava era 'justiça', considerando a atitude de Ravi de 'perversa e maliciosa'. Jane afirmou que esse 'comportamento é inaceitável' e, por isso, pediu para o juiz não tolerar esse tipo de atitude.
O magistrado, que reiterou que não recomendará a deportação do acusado, sentenciou Ravi com 300 horas de serviços comunitários, um amplo tratamento médico e ao pagamento de uma multa de US$ 10 mil, que será destinado a uma organização que oferece assistência às vítimas de assédio.
Em março, o júri popular havia declarado Ravi culpado por vários delitos, como invasão de privacidade e intimidação.
O caso Clementi, que também esteve envolveu outro estudante, causou consternação na comunidade homossexual americana, que, por sua vez, denunciou a fustigação que resultou no suicídio de pelo menos quatro jovens nos estados de Indiana, Califórnia, Texas e Nova Jersey.
Após os suicídios, a Casa Branca foi obrigada a abordar o assunto, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, gravou uma mensagem para pedir o fim dessa fustigação. 'Me corta o coração', assinalou então Obama, que reconheceu que 'é difícil' crescer em um lugar onde você não se sente pertencido.
O assédio escolar, mais conhecido como 'bullying', é uma prática que está sendo alvo de inúmeras campanhas de conscientização dentro da sociedade americana.

MAIS VEÍCULOS PARA O TRÂNSITO CAÓTICO.

Governo reduz IPI de carros e tributo sobre operações de crédito

Objetivo é reduzir preço dos carros em aproximadamente 10%, diz Mantega. Segundo ele, Custo total das medidas é de R$ 2,1 bilhões em três meses.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (21) um pacote de medidas para estimular o crédito no país. Entre elas, está a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros, além da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. A redução do IPI vale até 31 de agosto, e do IOF não tem prazo definido.
O objetivo é estimular a atividade econômica. "Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. Exige esforços redobrados para manter a taxa de crescimento em um patamar razoável (...) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional", explicou Mantega a jornalistas. Segundo ele, a renúncia fiscal das medidas anunciadas hoje (valor que o governo deixará de arrecadar) é de R$ 2,1 bilhões em três meses.
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Rio de Janeiro: Da chuteira ao fuzil.

RJ: Da chuteira ao fuzil: atirador de elite concilia carreira de policial militar e jogador de futebol no Rio

Cabo Queiroz trabalha no GAM e é lateral-esquerdo do clube carioca São Cristóvão
Policial trabalha no Grupamento Aéreo Móvel de segunda a sexta-feira e treina no São Cristóvão de Futebol e Regatas de segunda a sábado

A rotina de Felipe Marques de Queiroz, 30 anos, precisa da mistura disposição e energia para que o rapaz consiga cumprir uma dupla jornada. Conhecido como jogador-atirador do São Cristóvão de Futebol e Regatas, o carioca divide o seu tempo entre a atividade de lateral-esquerdo no time da zona norte do Rio de Janeiro e de atirador de elite no GAM (Grupamento Aéreo Móvel) da Polícia Militar. As duas profissões exigem dele muita concentração e disciplina.
— Um trabalho complementa o outro. Eu preciso ter precisão dentro do campo de futebol e também na rua como policial. A disciplina e o trabalho em grupo são as principais ferramentas do meu dia-a-dia. As exigências trazem benefícios para os dois lados.
O desejo de ser policial nasceu dentro de casa. O pai do jogador é sargento reformado da PM e sempre deu força para o cabo investir na carreira. Ele conta que sabia que enfrentaria dificuldades, mas que nunca lhe faltou coragem.
— Meu pai me apoiou muito e eu sempre tive vontade de ser policial. Ele dizia que o trabalho era difícil, que eu enfrentaria vários problemas, mas que, se era o que eu gostava realmente, ele me apoiaria.
Ex-morador da Rocinha ajudou no combate ao tráfico
O cabo Queiroz nasceu na favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul da capital fluminense. Saiu de lá depois dos 20 anos, quando decidiu entrar para a PM. Sabia que enfrentaria problemas como policial e morador de uma comunidade comandada pelo tráfico de drogas.
Em novembro do ano passado, durante a ocupação da polícia na favela, ele estava de férias. A dedicação ao trabalho fez como que o atirador de elite abandonasse os dias de folga e se colocasse à disposição da corporação. Conhecedor da comunidade, ele não quis estar fora daquele momento histórico da saída de traficantes da Rocinha.
— Eu estava acompanhando de fora os preparativos para a ocupação e resolvi interromper as minhas férias. Pensei: quero estar lá neste momento histórico de combate ao tráfico que existia há anos na comunidade. E hoje, eu tenho a oportunidade de poder ter participado de uma história diferente e marcante da Polícia Militar.
O cabo Queiroz também participou da ocupação da polícia no Complexo do Alemão, na zona norte, em novembro de 2010. Ele já passou pelo BPChoque (Batalhão de Choque), pelo Grupamento Tático de Motocicletas e pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). 

Evelyn Moraes, do R7
Há sete anos na corporação, o cabo Queiroz diz que o momento mais triste da carreira de policial foi a queda da aeronave da PM no morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte do Rio, em 2009.
— Eu estava saindo de serviço naquele dia e recebi a notícia de que tinha perdido três amigos que estavam no helicóptero atingido por traficantes. Um deles era amigo de curso, entrou na polícia comigo. Foi muito triste.
Já o episódio mais difícil pelo qual passou foi um tiroteio perto da favela da Matriz, no Méier, também na zona norte, em que o cabo teve de ficar horas escondido no esgoto.
— Fui encurralado por traficantes perto da entrada da favela da Matriz, no Méier. Isso aconteceu três dias antes de eu me apresentar no Grupamento Aéreo Móvel para fazer o curso. Eu estava de serviço, de moto, com mais quatro companheiros, quando fui surpreendido por um grupo de traficantes.Tive que ficar deitado na caixa de esgoto, no meio da rua, sem poder sair até acabar o tiroteio.
Coração dividido
O coração do jogador-atirador se divide quando surgem propostas para jogar futebol fora do Rio. A paixão pelas duas carreiras não deixa o policial desistir das atividades.
— Largar a polícia eu não largo. O futebol também não. Jogarei até quando for velhinho, nas peladas de fim de semana. Se tiver que jogar fora do Rio, vou optar pelos remédios da corporação, como a licença não remunerada. Quero me aposentar na PM.
Como PM, ele trabalha de segunda a sexta-feira, das 7h às 14h. Como jogador, ele treina de segunda a sábado, das 15h às 20h. E depois deste dia longo de atividades, ele ainda complementa o preparo físico com um treinador particular em uma academia da Barra da Tijuca, na zona oeste.
— Eu tomo suplementos alimentares para manter o meu condicionamento físico sempre bom, tenho um treino diferenciado no São
Cristóvão e ainda faço exercícios com um preparador particular.
A trajetória como atleta não para nos gramados. Depois de já ter defendido o Resende e o Boa Vista no futebol, ele participou de uma competição de surfe da PM e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio e foi campeão.
— Um dia ainda quero me dedicar ao surfe.