quinta-feira, 31 de maio de 2012

COISAS DO REGIME MILITAR.

Os agentes da ditadura que ainda atuam na polícia de SP


HISTÓRIA
Depois da repressão. Os agentes da ditadura que ainda atuam na polícia de SP
Carlos Alberto Augusto e Dirceu Gravina, agentes da repressão subordinados a Ustra e Fleury, ainda trabalham na Polícia Civil de São Paulo e vêm sendo investigados pela Comissão da Verdade paulista. Legitimidade de sua permanência na ativa é questionada por especialista britânico em ditaduras latino-americanas.

LUCAS FERRAZ
"EI, FILHO, você sabe o que acontecia com um comunista que chegava atrasado ao ponto? 'Caía', tá entendendo!? 'Caía'!".
As palavras de boas-vindas, referência à expressão usada na ditadura para guerrilheiros que eram presos, são dadas por Carlos Alberto Augusto, delegado da Polícia Civil de São Paulo, ao constatar o atraso de sete minutos do repórter.
O ponto de encontro é o bar da Associação dos Delegados da Polícia do Estado, no décimo andar do conjunto Cinerama, uma galeria decadente na avenida Ipiranga, no centro de São Paulo.
Augusto é um dos últimos remanescentes da "tigrada", como eram chamados os agentes da repressão, ainda atuantes no serviço público. Ex-agente do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), é acusado de envolvimento em desaparecimentos e torturas. Ajudou a organizar a mais sangrenta chacina do período, o massacre da chácara São Bento, em Pernambuco, em 1973.
Na ação, com participação do agente duplo Cabo Anselmo, seis militantes da organização armada VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) foram executados.
Hoje, Augusto é delegado de segunda classe no Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), investigando crimes contra o patrimônio. Não é o único remanescente dos anos de chumbo na Polícia Civil paulista.
Dirceu Gravina que ocupa cargo burocrático na seccional de Presidente Prudente, no interior paulista, atuou no DOI-Codi (centro de repressão do Exército). Citado em casos de tortura, é suspeito de envolvimento na morte de presos políticos.
COMISSÃO Tanto Augusto como Gravina negam ter praticado os crimes. Os dois são alvo da Comissão da Verdade paulista, instalada em fevereiro na Assembleia Legislativa para investigar torturas, mortes e desaparecimentos no Estado.
Diferentemente da Comissão da Verdade nacional, que investigará violações aos direitos humanos de 1946 a 1988, a paulista focará a última ditadura (1964-85).
Levantamento realizado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos de São Paulo cruzou listas de torturadores elaboradas por organizações de direitos humanos com os nomes de mais de 30 mil policiais civis da ativa no Estado. Sobraram os dois. Os demais já morreram ou se aposentaram -Augusto, 68, e Gravina, 63, devem se aposentar até os 70.
Com as comissões da verdade, o país lidará como uma questão pouco discutida: é legítimo que agentes acusados de crimes e violações aos direitos humanos na ditadura continuem servindo ao Estado em tempos democráticos?
"Se a Polícia Civil tem dois torturadores, isso é nocivo do ponto de vista do Estado de direito", diz o britânico Anthony Pereira, diretor do Instituto Brasil no King's College, em Londres.
Para ele, "a Lei da Anistia não entraria nessa questão porque trata de responsabilidade criminal, e não da permanência em cargos públicos". Pereira comparou ditaduras do Brasil, da Argentina e do Chile em "Ditadura e Repressão" (Paz e Terra, 2010).
O livro aborda o modus operandi da repressão e a forma como, em tempos democráticos, polícia e Judiciário se livraram de agentes cúmplices ou que colaboraram com as ditaduras. O Brasil foi o país que menos fez neste quesito.
Nos próximos anos, a Comissão da Verdade nacional também abordará a atuação dos agentes paulistas. José Paulo Cavalcanti Filho, um dos sete membros, disse que as investigações estaduais serão fundamentais para municiar o trabalho federal. A comissão paulista já acertou parceria, e Cavalcanti Filho diz que é bem-vinda a ajuda de outros Estados.
METRALHA "Fleury é um verdadeiro herói nacional", diz Carlos Alberto Augusto, acomodado no bar da associação dos delegados. Ele fala do delegado Sérgio Paranhos Fleury (1933-79), um dos chefes do Dops e um dos nomes da repressão mais associados à morte e à tortura. Augusto atuou no Dops de 1970 a 1977, subordinado a Fleury. Ele venera o ex-chefe a ponto de organizar encontros e missas em sua memória.
Foi no Dops que Augusto ganhou a alcunha de "Carlinhos Metralha", como é conhecido pela esquerda. Ele detesta o apelido, difundido pelo ex-preso político Ivan Seixas, que o viu andar com uma metralhadora pelos porões. Prefere a alcunha "Carteira Preta", referência à sua bolsa de couro com a identificação de "meganha".
Quando organizou a chacina na chácara São Bento, em parceria com Cabo Anselmo, ambos eram infiltrados na VPR. Militantes foram detidos em várias partes do Recife, e alguns já chegaram à chácara moribundos. Os homens de Fleury executaram o crime.
O delegado admite ter participado da logística da operação, mas nega ter atirado nos militantes. Ele insiste na versão oficial, segundo a qual houve troca de tiros entre guerrilheiros e polícia, embora a perícia tenha mostrado que todos morreram com balaços na cabeça, num claro sinal de execução.
Augusto diz que agiu para salvar a vida de Anselmo, cuja identidade de agente duplo havia sido descoberta pelos militantes da VPR.
"Eu estava defendendo o Brasil. Defendi naquela época, como defendo agora. Agi em legítima defesa, minha e de terceiros", disse. A conversa com a Folha foi acompanhada por um homem de óculos escuros, impassível, apresentado pelo delegado como segurança.
"A esquerda, covarde ainda hoje, quer mudar a história do país", continua Augusto. "Só cumpri com meu dever funcional, não participei de nenhum crime. Pode escrever aí: contra a pátria não há direitos. O único crime que não prescreve é o terrorismo."
Testemunhos de presos políticos indicam ainda que Augusto está por trás do desaparecimento de Edgar Aquino Duarte, visto pela última vez no Dops de São Paulo, em junho de 1973. Ex-marinheiro como Anselmo, Duarte era próximo do agente duplo. Estiveram juntos nos eventos que culminaram na revolta dos marinheiros, semanas antes do golpe de 1964.
Duarte sumiu após marcar um encontro com Anselmo, segundo o dossiê "Direito à Memória e à Verdade", elaborado em 2007 pela Presidência da República. "Pode ser que esteja vivo, como muitos outros", ironiza o delegado.
A amizade de Augusto e Anselmo perdura: aquele é uma espécie de tutor deste, que vive escondido, temendo vingança. Na semana passada, a Comissão de Anistia do governo federal negou a Anselmo indenização política, pedida sob alegação de perseguição pela ditadura, e reincorporação à Marinha. Documentos mostram que ele colaborava com os militares pelo menos desde 1964.
USTRA Enquanto Augusto atuava sob comando de Fleury, Dirceu Gravina era chefiado pelo coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, no DOI-Codi de São Paulo.
Considerado torturador pela Justiça, em ação que tenta derrubar, Ustra é dos mais notórios ex-agentes da repressão. Ele nega os crimes e rebate as várias denúncias no livro "A Verdade Sufocada" (2006).
Chefe e auxiliar foram denunciados, no mês passado, pelo Ministério Público Federal pelo crime de sequestro qualificado, ação rejeitada pela Justiça na última quarta. Foram implicados no desaparecimento do bancário e sindicalista Aluízio Palhano, em 1971.
Os ex-presos políticos Altino Dantas e Lenira Machado, detidos no DOI-Codi de São Paulo, fizeram denúncia formal contra Gravina: Palhano foi morto após ser torturado pelo delegado, com a aquiescência de Ustra. Eles negam.
Ustra falou à Folha sobre Gravina: "Era um agente muito bom, responsável e cumpridor de suas obrigações". Conhecido pelos codinomes JC e Jesus Cristo, por causa da barba que usava à época, Gravina também foi relacionado pelo grupo Tortura Nunca Mais como responsável pelas mortes de Lauriberto Reyes e Alexânder Voerões, em São Paulo, em 1972. A entidade acusa o delegado de metralhar os militantes.
Há outros relatos de torturas e maus-tratos, incluindo o do atual deputado estadual Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão da Verdade paulista: "JC me prendeu, em 1973. Já chegou batendo. Tomei uma coronhada de metralhadora dele no olho direito, apanhei muito no camburão e fui recebido na prisão por um corredor polonês".
Diogo adianta que a comissão pedirá ao governo de São Paulo o afastamento dos delegados, "para mostrar aos jovens oficiais que a tortura não é compatível com a atividade policial". Militares da reserva e ex-policiais, no entanto, criticam a imparcialidade do presidente do colegiado, alegando desequilíbrio no fato de um ex-preso político investigar seu algoz.
Um parêntese: na comissão federal, nenhum dos sete membros foi seviciado nos porões. O alvo de maior reclamação foi a indicação de Rosa Maria Cardoso, ex-advogada da então guerrilheira Dilma Rousseff, que passou algumas horas detida, no início dos anos 70, por defender presos políticos.
CONVOCAÇÃO Carlos Alberto Augusto e Dirceu Gravina devem ser convocados nas próximas semanas, enquanto a comissão paulista analisa documentos e colhe informações de familiares de desaparecidos. "Se há evidência de que cometeram atos de tortura trabalhando para Fleury e Ustra, nada impede uma investigação por parte da Corregedoria de Polícia e um ato administrativo para expulsá-los", afirma Anthony Pereira.
Procurada pela Folha, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, responsável pela Polícia Civil, não se manifestou.
"A Justiça precisa resolver essas questões", diz Gravina, por telefone, de Presidente Prudente, onde também trabalha com professor de direito da Unioeste. "São acusações. E esse não é o momento oportuno de falar."
Em 2008, após a revista "CartaCapital" publicar reportagem sobre os crimes atribuídos a Gravina, a Procuradoria de São Paulo o denunciou em ação civil pública e pediu sua suspensão da polícia, mas o pedido foi rejeitado pela Justiça.
"O que eles [a esquerda] dizem é outra história. Sou funcionário público, tenho que trabalhar no que o Estado manda, entendeu? Se tivesse cometido crime, não poderia estar arrependido", afirma Gravina. Ele não quis fazer comentários sobre as comissões da verdade.
"Num país de mentira, você acredita em Comissão da Verdade?", indaga Carlos Alberto Augusto. Ele diz que, mesmo assim, vai depor. Afirma que poderá expor o que sabe sem medo de sofrer represálias de seus chefes na polícia -algo que, segundo ele, acontece atualmente.
Os dois eram amigos, mas estão rompidos faz alguns anos. Gravina não toca no assunto.
Augusto, já de saída do prédio da avenida Ipiranga, com a pochete a tiracolo, diz que não fala com o amigo porque ele não defende publicamente o seu passado na repressão. "A questão, filho, é que ele não põe a cara para bater, entendeu?"

Augusto atuou no Dops de 1970 e 1977, período em que foi subordinado a Sérgio Paranhos Fleury. Ele venera o ex-chefe a ponto de organizar encontros e missas em sua memória
"Só cumpri com meu dever funcional, não participei de nenhum crime", diz Augusto. "Contra a pátria não há direitos. O único crime que não prescreve é o terrorismo."
"JC me prendeu em 1973. Já chegou batendo", diz o deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), cuja participação na Comissão da Verdade paulista é criticada por ex-militares

fonte: Folha de São Paulo

TÚNEL DO TEMPO

Malvado do tempo.
O quê era bom se acabou.
Veja o corpo das meninas... Coisa de louco! Bundinha certinha, curvas bem torneadas, peitinhos empinados. E não existia ainda a moda do silicone e das lipos...
Davam de 1000 a zero nas bundudas com pernas de jogador de futebol de hoje.
O tempo, entretanto, é cruel. E passa para todos...

Passou um ano...    lá se foram dois anos...  cinco...  dez...   vinte... E ATÉ PARECE MENTIRA!
A FOTO ABAIXO É DE 2009 ! 
Malvado do tempo. “O quê era bom se acabou”.








DIA MUNDIAL DE COMBATE AO TABAGISMO

 
 
Por Lígia Formenti, BRASÍLIA, estadao.com.br,
Brasil gasta R$ 21 bi com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco
"Prejuízo. Gastos com doenças relacionadas ao fumo consomem 30% do orçamento da saúde"
O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.
A divulgação foi feita na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas - cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral - responderam por 83% dos gastos.
Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar.
'Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do País', diz a diretora executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.
No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e gerou receita de R$ 4,1 bilhões. 'Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças', afirma Paula.
Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.
Em 2005, a pesquisadora Márcia Pinto já havia feito um estudo mostrando que os gastos com o tratamento de doenças eram de R$ 338 milhões. 'A metodologia era diferente.' Ela lembra que foram avaliados gastos apenas no setor público do Rio.
Paula diz que não se espantou com resultados. 'A estimativa é de que a cada US$ 1 arrecadado com impostos de cigarro sejam gastos US$ 3 no tratamento.'
Diferenças. Márcia, que conduziu o trabalho com André Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitaria, da Argentina, afirma que fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens, a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de 2,05 dos ex-fumantes.
Ao saber da pesquisa, Romeu Schneider, da Câmara Setorial do Tabaco, afirmou que os números não refletem a realidade. 'Eles são campeões de chute. Durante 20 anos falaram que o cigarro causava 200 mil mortes. Não há como saber o que foi provocado pelo cigarro, o que foi causado por outras doenças.'
ENTREVISTA: 'Gasto é maior que ganho com tributos'
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
Qual é avaliação que o senhor faz do estudo?
Ele é um instrumento valioso para se mensurar o impacto dos custos do tabagismo no SUS. Ele mostra que, além das vidas perdidas, o tabagismo traz uma perda de recursos maior do que os tributos recolhidos com o setor. O trabalho reforça a importância das medidas regulatórias que adotamos.
A lei foi sancionada ano passado, mas precisa ser regulamentada. Há um prazo para que novas regras sejam publicadas?
Não há prazo definido, mas a meta é regulamentarmos o mais rápido possível. Vários ministérios estão sendo ouvidos, há uma tramitação interna, questões jurídicas analisadas. Mas ela é importante.
Que nova medida será feita para reduzir o tabagismo?
As medidas regulatórias são fundamentais, elas têm grande impacto, principalmente entre o público prioritário: jovens, população de mais baixa renda e mulheres. Já assistimos uma forte redução do número de fumantes, mas em menor velocidade entre essa população. E, entre jovens, queremos evitar a iniciação ao fumo. Além disso, vamos reforçar medidas para ajudar fumantes a parar de fumar, com distribuição de gomas e adesivos para reposição de nicotina.
O que poderia ser feito com R$ 21 bilhões?
Este ano o ministério gastará R$ 10 bilhões na compra de remédios em geral, para doenças como câncer. Os recursos gastos com cigarro são o dobro do investido em drogas.

PENSAMENTO SEXUAL DO DIA

Augusto Simões manda o pensamento...


PARADA FORÇADA.

Caros leitores
O blog ficou sem postagens esses dias todos, devido o editor que é portador de câncer e faz quimioterapia direto e precisou se submeter a tratamento para curar uma infecção pulmonar, causada por  fungos, tudo pela baixa imunidade que os quimioterápicos provocam.
Graças ao nosso misericordioso Deus estou me recuperando bem!

domingo, 27 de maio de 2012

ESTIMADOS 120 MORTOS PELA ESQUERDA, NO REGIME MILITAR.

Mortos na ditadura militar pela ESQUERDA são estimados em 120

Para militares, Estado combatia o terrorismo. Calcula-se que ações armadas da esquerda mataram 120 pessoas, 59 delas civis; já as vítimas da repressão chegam a pelo menos 356

Bancário, dona de casa, motorista de táxi, empresário, militares, incluindo um marinheiro britânico, um capitão americano e um major alemão. A lista de mortos por militantes da esquerda armada durante o regime militar (1964-1985) é variada.
Não existem estatísticas exatas, assim como não se tem números precisos dos esquerdistas mortos pelas forças governamentais.
As vítimas da esquerda são tradicionalmente aceitas como sendo 120 pessoas mortas, das quais 61 são militares e policiais e 59, civis.
Não há consenso sobre as vítimas da repressão. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência listou em 2007 356 casos reconhecidos. Estudo de familiares de mortos e desaparecidos aponta 426.
A lista mais completa das pessoas mortas pela esquerda armada está no site do grupo Terrorismo Nunca Mais (www.ternuma.com.br).
É um grupo obviamente engajado, como ele se define: "Um punhado de democratas civis e militares inconformados com a omissão das autoridades legais e indignados com a desfaçatez dos esquerdistas revanchistas".
O nome do grupo foi criado em oposição às ONGs de nome "Tortura Nunca Mais", criadas para representar as vítimas da ditadura e atuar na área de direitos humanos.
Com exceção de casos de "justiçamento" por "tribunais revolucionários" -o assassinato de pessoas consideradas traidoras-, a maior parte dos civis morreu por estar no lugar errado na hora errada, como perto da explosão de uma bomba.
A luta armada das organizações de esquerda envolveu tanto guerrilha rural como urbana. Mas foi nas cidades que ocorreu a maior parte das mortes, visto que foi nelas que a atuação dos militantes comunistas foi mais intensa e eficaz. A guerrilha na região do rio Araguaia foi facilmente debelada, com poucas mortes entre militares.
Isso fica patente ao se constatar que morreram bem mais policiais, civis e militares, do que soldados das três forças. A lista inclui nove militares do Exército e nada menos que 24 oficiais, sargentos e soldados da PM de São Paulo, estado onde a guerrilha urbana foi mais intensa.
"É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas", escreveu Carlos Marighella, em seu "Manual do Guerrilheiro Urbano".
Marighella, ex-deputado pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro) cassado em 1947, fundou a ALN (Aliança Libertadora Nacional), que foi o mais forte dos grupos de guerrilha urbana. O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, um dos criadores da Comissão da Verdade, foi militante da ALN.
Em junho de 1969 militantes da ALN incendiaram um carro de polícia em São Paulo, então comumente chamados de "rádio-patrulha", matando dois soldados, Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, para roubar armas.
GUERRA
Vítimas particularmente vulneráveis eram os sentinelas, parados à frente de quartéis e alvos fáceis de ataques surpresas. Três soldados da PM paulista morreram nessa situação -Naul José Montovani, Antônio Carlos Jeffery e Eduardo Custódio de Souza.
O auge do conflito ocorreu entre 1968 e 1974. Tanto os militantes de esquerda como os policiais e militares chamam o confronto de "guerra". Isso cria polêmicas jurídicas.
O "direito da guerra" costuma se referir à conflitos entre estados, regulando, por exemplo, o tratamento de prisioneiros. Em uma guerra "civil" ou de "insurgência" não existem regras precisas.
Os esquerdistas se consideravam "guerrilheiros"; os policiais e militares os classificam como "terroristas".
Um dos atentados a bomba de maior impacto ocorreu em julho de 1966, bem antes do endurecimento do regime, depois da edição do Ato Institucional número 5 em 1968.
Uma bomba no aeroporto de Guararapes, em Recife, matou o jornalista Edson Régis de Carvalho e o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes; houve 14 feridos.
O almirante foi o militar de maior patente morto pela esquerda, embora não fosse o alvo; o objetivo era matar o general Artur da Costa e Silva, que se tornaria o segundo presidente do regime militar.
Para financiar suas ações a esquerda armada costumava assalta bancos. Osíris Motta Marcondes, gerente do Banco Mercantil, foi morto em 1967 durante assalto em São Paulo. Em 1969, no Rio, tombou outro gerente, José Santa Maria, do Banco de Crédito Real de Minas Gerais.
Disputando com Marighella o primeiro lugar no panteão da "guerrilha" -ou do "terror"- de esquerda está o ex-capitão do Exército Carlos Lamarca, da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). Em 1969 ele matou o guarda-civil Orlando Pinto da Silva com dois tiros, durante assalto ao Banco Itaú.
No ano seguinte Lamarca também matou o policial federal Hélio de Carvalho Araújo com um tiro de revólver e ordenou a morte do tenente da PM paulista Alberto Mendes Júnior, a coronhadas.
Entre as vítimas estrangeiras está o marinheiro britânico David Cuthberg, que veio ao Rio com uma flotilha da Marinha Real como parte das comemorações dos 150 anos da independência do Brasil.
Havia centenas de marinheiros, mas bastava um para servir de "exemplo". Ele e um amigo pegaram um táxi para visitar a cidade e foram metralhados. O amigo e o taxista sobreviveram.

15/04/71
O industrial Henning Albert Boilesen, que presidia a Ultragás, foi assassinado na manhã de 15 de abril de 1971 em São Paulo (ao lado), pela da ALN, com vários tiros nas costas. Dinamarquês naturalizado brasileiro, Boilesen era acusado de financiar a Oban, que combatia a guerrilha urbana
01/07/68
O major do Exército alemão Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen fazia um curso na Escola de Comando e Estado Maior, no Rio. Foi executado por ter sido confundido com Gary Prado, comandante do destacamento que prendeu Che Guevara na Bolívia, que cursava a mesma escola
10/05/70
O tenente Alberto Mendes Junior comandava um destacamento da Polícia Militar que interceptou o grupo de guerrilheiros de Carlos Lamarca em Eldorado Paulista, no Vale do Ribeira. No conflito, Mendes se rendeu, e depois for morto a coronhadas, para evitar tiros que revelassem a posição do grupo
26/06/68
O soldado Mário Kozel Filho foi morto quando um militante da VPR jogou um caminhão-bomba contra o quartel-general do 2º Exército, no Ibirapuera, em São Paulo
12/10/68
Veterano do Vietnã, o capitão dos EUA Charles Rodney Chandler cursava sociologia em SP quando foi morto. Para a VPR, ele era um agente da CIA que ensinava técnicas de tortura no Brasil, o que era falso

BLOQUEIO DE CELULAR ROUBADO.

O Lázaro Saraiva manda a informação....

A DICA É MUITO INTERESSANTE, ATÉ PORQUE, POUCA GENTE   TEM O HÁBITO DE LER MANUAIS. 
 Agora, com esta história do 'Chip', o interesse dos ladrões por aparelhos celulares aumentou. É só ele comprar um novo chip por um preço médio de R$30,00 em uma operadora e o instalar no aparelho roubado. Com isso, está generalizado o roubo de aparelhos celulares.
Segue então uma informação útil que os comerciantes de celulares não divulgam.
Para obter o número de série do seu telefone celular (GSM), digitem *#06# Aparecerá no visor um código de algarismos (IMEI). Este código é único! Escrevam-no e conservem-no com cuidado!
Se roubarem seu celular, telefonem para sua operadora e informem este código. O seu telefone poderá então ser completamente bloqueado, mesmo que o ladrão mude o 'Chip'. Provavelmente não recuperarão o aparelho, mas quem quer que o tenha roubado não poderá mais utilizá-lo.
Se todos tomarem esta precaução, imagine, o roubo de celulares se tornará inútil.

MARIDO RICO.


Amigo Antônio Carlos mandou a postagem...

Saiu no Financial Times (maior jornal sobre economia do mundo).
Uma moça escreveu um email para o jornal pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.
Sensacional!

Leiam...
E-mail da MOÇA:
“Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos”. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca!
E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela? (Raphaella S.)"
Resposta do editor do jornal:
"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa. Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas:
Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema. Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo!
Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"
(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)
OBS.: Não é a toa que o cara ganha mais de US$ 500.000 por ano!

sábado, 26 de maio de 2012

E AGORA JOSÉ?

Definição visual para a palavra TENSO.


TUDO QUE VICIA COMEÇA COM "C"

 
Luiz Fernando Veríssimo 

Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e,de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letraC!
De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.
Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaínacrack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também ? adivinha ? começa com a letra c.
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meuinsight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum.
Impressionante, hein?
E o  computador e o  chocolate?   Estes dispensam comentários.  Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada ?créeeeeeu?. Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade? cinco.
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o ?ato sexual?, e este é denominado coito.
Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.

GOVERNO DO RIO DE JANEIRO VENDEU QG DA PM.

Deputado classifica venda do QG da PM como ilegal; MP investiga transação

A venda do Quartel General da Polícia Militar, no coração do Centro do Rio, para a Petrobras está sendo duramente criticada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Isso porque a oposição aponta o prédio como histórico: o QG sediou o Corpo de Guardas Permanentes, que era comandado por Duque de Caxias de 1832 a 1839. 
"A venda é ilegal, pois trata-se de um patrimônio histórico", disse Paulo Ramos em sessão na Alerj nesta quarta-feira (23). Segundo nota do Palácio Guanabara, o prédio centenário será completamente demolido pela Empresa de Obras Públicas. No lugar será erguido um novo prédio da Petrobras. 
A cifra da transação foi de nada menos que R$ 336 milhões. 
MP na jogada
Depois de receber representação da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro, o Ministério Público informou ter instaurado inquérito civil, no dia 3 de maio, na 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital, para apurar “a legalidade da operação”. A Lei de Licitações, segundo o MP, prevê “a exigência de interesse público devidamente justificado, prévia avaliação e autorização legislativa" para que a alienação de imóvel público seja concretizada.
Articulação desconhecida
"Quem foi o mediador desta transação?", "A Procuradoria Geral do Estado foi procurada?" e "Quem intermediou as tratativas com a Petrobras?". Estas são algumas das indagações da oposição ao ser surpreendida com a notícia da venda. Uma grande articulação foi iniciada nesta quarta no Palácio Tiradentes para que haja uma reunião com o procurador responsável pela investigação do caso no MP. Por enquanto, o encontro ainda não tem data marcada. 

O QUE SERÁ FEITO DO PRÉDIO DO SEGUNDO BATALHÃO EM BELÉM, SITO A RUA GASPAR VIANA COM A AV. ASSIS DE VASCONCELOS?

A VERDADE DA CERVEJA!

Augusto Simões manda as dicas...

São informações obtidas de um dos Mestres-Cervejeiros da Antárctica.


É para acabar com certos folclores, do tipo, "o meu sem colarinho" etc... Além disso, leiam com atenção o item 11.
01 - Uma latinha de cerveja tem exatamente a metade das calorias de um copo de suco de laranja (sem açúcar!)... Já aquela calabresa com cebola frita que sempre acompanha...02 - Cerveja sai pronta da cervejaria: não pede, portanto, envelhecimento. Quanto mais jovem for consumida, melhor será seu sabor. Dura em média 90 dias.03 - Deve ser guardada em pé, em lugar fresco e protegida do sol, para evitar oxidação prematura..
04 - Deve resfriar na geladeira sem pressa. "Não coloque no freezer, pois a violência no congelamento prejudica a bebida", afirma Cássio Picolo, um dos maiores experts de cerveja no Brasil.

05 - Depois de gelada, deve ser consumida e jamais voltar à geladeira.
06 - A temperatura ideal para saborear as do tipo pilsen é entre 4 e 6 graus. Tomá-las "estupidamente geladas", como se diz, prejudica tanto a formação de espuma na cerveja, quanto "adormece" as papilas gustativas, comprometendo o sabor.
07 - Copos e canecas pequenos e de cristal são os ideais, pois mantêm melhor a temperatura e a espuma. Evite canecas de alumínio, que, além de feias, tiram o prazer de apreciar o visual do líquido dourado.
08 - Resíduos de gordura no copo são fatais para a bebida: acabam com o colarinho e liberam o gás carbônico, deixando o líquido meio choco. Idem para resíduos de detergente.
09 - "Tomar cerveja sem colarinho é uma heresia", ensina outro expert, Norberto D'Oliveira Neto. "Dois dedos de espuma são ideais para reter o aroma e evitar a liberação do gás carbônico.
10 - A espuma cremosa revela a persistência e bom estado da cerveja. Para aproveitá-la melhor, sirva derramando uma dose. Depois, espere baixar o colarinho. Em seguida, incline o copo até 45 graus, despejando o líquido devagar enquanto o colarinho sobe.
11 - Com 90% de água, a bebida é hidratante. E com apenas 3 a 5 graus de álcool, como as do tipo pilsen, a cerveja estimula o metabolismo, pelo menos quando ingerida moderadamente. Além disso, é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos. Apesar disso, não engorda;  é folclore associar o consumo de 80 calorias de um copo de 200 ml com a formação de barriga. Os acompanhamentos gordurosos é que engordam.
LEMBRE-SE: CERVEJA NÃO ENGORDA...
É VOCÊ QUE ENGORDA SE BEBER COMENDO ALÉM DA CONTA..

PLANETA TERRA!

Terra, planeta água? O serviço geológico dos EUA resolveu calcular qual seria o tamanho de um planeta composto só pela água do mundo. O resultado é esta modesta esfera azul, de 1385 quilômetros de diâmetro, pouco mais que a distância aérea do Rio a Salvador.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

MOSQUEIRO - MARAHU.




Antônio  Sena manda as imagens do Marahu...



EU SEMPRE QUIS TER UMA MOTO ASSIM!

ASSIM VIVE A HUMANIDADE.

Por LUCIANA NUNES LEAL, estadao.com.br.

12% da população vive em área com esgoto a céu aberto

Pelo menos 18,5 milhões de pessoas - quase a população de Minas Gerais - vivem em áreas urbanas com esgoto a céu aberto diante de suas moradias. Elas representam 12% da população pesquisada pelo IBGE no levantamento sobre o entorno dos domicílios. Os números do Censo 2010 mostram que 11% das moradias em áreas urbanas estão próximas a valas ou córregos onde o esgoto domiciliar é despejado diretamente. São 5,1 milhões de residências.
Um quarto (24,9%) dos domicílios pobres, com renda per capita mensal de até um quarto do salário mínimo, está diante de esgoto a céu aberto, proporção de cai para apenas 3,8% nas moradias com renda superior a dois salários mínimos por pessoa. Um terço (32,2%) das moradias da Região Norte tem esgoto a céu aberto no entorno. A menor proporção, de 2,9%, está no Centro-Oeste.
Os resultados seriam ainda piores se o levantamento incluísse todos os domicílios de favelas, mas a pesquisa excluiu as 'áreas sem ordenamento urbano regular', equivalente à maior parte do território das favelas. Segundo o IBGE, foram analisados apenas os domicílios que estão em quadras ou quarteirões.
Os recenseadores encontraram 2,3 milhões de domicílios (5% do total), onde vivem 8 milhões de pessoas, com lixo acumulado na parte externa, na data da coleta de dados.
Iluminação e pavimentação
A iluminação pública é o item com melhores resultados e está no entorno de 96,3% dos domicílios. Pavimentação chega a 81,7% das residências, ou seja, quase 20% dos domicílios urbanos brasileiros estão em ruas sem asfalto, paralelepípedo ou outro tipo de pavimentação.
Entre os itens pesquisados, o que teve pior resultado foi a acessibilidade de pessoas que usam cadeiras de rodas. Apenas 4,7% dos domicílios urbanos têm rampa na quadra onde estão localizados. No entorno dos domicílios pobres, de renda de até um quarto do salário mínimo per capita, a proporção é de apenas 1% e chega a 12% nos domicílios com mais de 2 salários mínimos per capita da renda. No Norte e no Nordeste, são apenas 1,6% de residências com rampa para cadeirantes no quarteirão. No Sul e Centro-Oeste, são 7,8%.

PRESUNÇÃO DE CULPA X PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.

Entenda por que o MILITAR é tratado como CULPADO até que se prove o contrário?



Esse é um assunto que aflige tanto a policiais militares quanto militares federais. Em sites jurídicos e foruns de discussão o assunto é amplamente discutido, mas prevalece ainda o princípio antigo, o militar é "punido" antecipadamente, sendo impedido de galgar postos ou graduações superiores pelo simples fato de ser indiciado como réu em processo criminal, e assim permanece até que todas as instâncias se esgotem.

 Segundo artigo do site Sociedade Militar (http://sociedademilitar.com/) muitos militares federais e estaduais sofrem com a situação, que chama de INVERSÂO do princípio constitucional da presunção de inocência. Isso torna os militares a única categoria de cidadãos não contemplada com todos os direitos garantidos pela constituição brasileira.        
      Marcelo Itagiba, Deputado Federal, sendo informado dessa situação, propôs modificações urgentes no sentido de humanizar os regulamentos militares que, segundo ele, estão defasados em relação ao estado de direito atual.

Ser denunciado em processo não significa ser CULPADO. O direito exige que todos sejam considerados e tratados como inocentes, sendo-lhes garantidos todas as prerrogativas que são concedidas aos cidadãos que estão em situação normal.
Dispõe o inciso LVII do art. 5o da CF. de 1988: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Por que então os militares sofrem sanções mesmo antes de “ser batido o martelo”? Como se sabe, no direito brasileiro existem "direitos relativos", e mesmo os direitos e garantias fundamentais podem sofrer alguns tipos de modificações para atender ao interesse da administração pública. Segundo alguns militares sub júdice, uma das frases mais ouvidas para justificar a situação é: "(...) depois você recebe os atrasados", "é como uma poupança".
Alguns militares são obrigados a permanecer na ativa depois de 30 anos de serviço aguardando o fim de longos processos judiciais. 
 Regulamento de Promoções de Praças da Marinha: Art.21. Ficará impedida de acesso: I - temporariamente, a Praça: (...) b) denunciada em processo ou submetida a Conselho de Disciplina (...).
Estatuto dos Militares: art. 97, par. 4º “Não será concedida transferência para a reserva remunerada, a pedido, ao militar que: a) estiver respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição (...)”
É incontestável que há várias sanções e limitações que recaem sobre militares  indiciados em processo, porém, a justiça alega que havendo previsão de ressarcimento não haverá afronta ao princípio Constitucional da Presunção de Inocência. Todavia, o entendimento da Câmara dos Deputados não é o mesmo dos magistrados, por isso a mesma decidiu sugerir à Presidência da República alterações no Estatuto dos Militares, lei que data de 1980, visando adequá-lo a esse princípio básico e aceito em todos os países democráticos.
O entendimento de tribunais superiores é:  inexiste nesses casos violação do princípio constitucional de presunção de inocência, uma vez que a própria Lei resguarda a promoção retroativa em caso de absolvição.
A Indicação Parlamentar foi motivada por carta de um sargento da Marinha. O mesmo explica de forma comovente a insuficiência da chamada “previsão de ressarcimento”, discorrendo ainda sobre os diversos danos que afligem os militares “sub júdice”.
VEJA extrato da CARTA do sargento da Marinha CITADO PELO DEPUTADO
(...) Há sempre comentários a título de consolo, "depois você recebe os atrasados", "é como uma poupança", mas não expressam a realidade, pode-se perceber facilmente que militares nessa situação jamais poderão ser plenamente ressarcidos por retroações de antiguidade e pagamento de salários atrasados.
O militar em questão tem filhos em idade escolar, essas crianças, ao longo dos oito anos em que o pai se encontra sub júdice, poderiam ter estudado em escolas melhores, feito cursos extra-classe, esportes, inglês etc. Porém sua situação financeira não permite isso. Em vários outros aspectos essas crianças também são prejudicadas: alimentação, planos de saúde, tratamentos dentários etc. São prejuízos que se estenderão por toda a sua vida, seja na sua atuação escolar/profissional, seja na sua saúde.
Quando, e se for concedida tal “reparação”, essas crianças não poderão voltar no tempo e receber o que lhes deveria ter sido proporcionado - há uma idade correta para cada tipo de investimento - tanto em saúde quanto educacional (...).        
Os militares sub judice, que são colocados na já mencionada situação de exceção, permanecem cumprindo expediente normal nos quartéis, junto com outros militares para os quais o "tempo não parou". Freqüentemente aqueles que lhes eram diretamente subordinados são promovidos - invertendo a ordem hierárquica normal (...).
Embora esteja claro que problemas dessa dimensão possam afetar drasticamente a condição psicológica e o desempenho de qualquer ser humano, tornando-o irritadiço, distante e desanimado, há uma interessante dualidade de tratamento, um paradoxo. Se por um lado está sempre presente o estigma de indiciado, e as já citadas restrições regulamentares, por outro procede-se como se nada de anormal ocorresse com tais militares, eles permanecem executando os mesmos tipos de serviços que executavam anteriormente; sendo-lhes cobrado o mesmo desempenho daqueles que tem perspectivas normais de carreira... têm subordinados sob seu comando etc.
Extrato da Indicação parlamentar nº 6481/2010, elaborada pelo Deputado Marcelo ITAGIBA, enviada à Presid. da Republica e ao Ministério da Defesa visando alterações no Estatuto dos militares para adequá-lo a CF1988: 
Sugere a elaboração de projeto de lei estabelecendo novas regras, compatíveis com a Const. Federal, para os militares que estejam respondendo a Inquérito Policial Militar. Exmº. Senhor Ministro da Defesa, Nelson Jobim: Por meio da presente Indicação, sugiro a V.Exa. a adoção de todas as providências cabíveisvisando à elaboração de projeto de lei a ser submetido a essa Casa Legislativa, ou se for o caso, alterações de normas internas, com vistas a corrigir uma injustiçaque vem prejudicando militares de todas as patentes, pelo simples fatos de terem sidos arrolados em Inquéritos Penais Militares.
Deveras, tal medida tem por escopo um dos princípios norteadores da Const. Federal, qual seja, “ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença penal condenatória”, direito fundamental, insculpido no inciso LVII, do seu art. 5º. Para melhor compreensão, do que ora se pretende, tomo a liberdade de transcrevercarta enviada pelo Sr. (omitimos o nome do militar), ao Comandante da Marinha, que bem descreve a situação ora posta ao descortino de Vossa Excelência. Verifica-se que o tema ali tratado vem ao encontro da finalidade precípua do Minist. da Defesa, criado sob a égide do Governo do Presidente Fernando H. Cardoso, para, dentre outras questões, ter a sensibilidade e a compreensão sobre a necessidade do enfrentamento de situações que, aparentemente, são consideradas dogmas, por vezes intocáveis, pelos Comandantes das Forças Armadas.  Isto posto,  (...) aguardo as providências que certamente
V. Ex. adotará para solucionar a questão trazida a sua colação.
Sala das Sessões, em 16/06/2010.

Bibliografia: Livro: Militares pela Cidadania e Congresso Nacional www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=481863
Fonte: http://sociedademilitar.com/ ,