terça-feira, 15 de maio de 2012

GO: Delegados entram em greve por tempo indeterminado.

Nesta segunda-feira, 14, os delegados da Polícia Civil retomaram a greve da categoria, adiada devido a morte dos delegados e peritos após acidente aéreo ao retornar da segunda reconstituição da chacina em Doverlândia, no último 8, terça-feira. Após o culto ecumênico em homenagem às vítimas, realizado às 8h no Palácio das Esmeraldas, os delegados seguiram para uma assembleia da categoria, que reuniu cerca de 100 pessoas na Adpego (Associação dos Delegados de Polícia Civil de Goiás).
A vice-presidente do Sindepol-GO (Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado de Goiás), delegada Silvana Nunes, afirmou ao Jornal Opção que a paralisação foi iniciada devido a uma “quebra de confiança” para com o governo, que havia sinalizado um acordo e “recuou” da decisão. “Nossa greve não tem previsão de fim. Só retornaremos quando um projeto de lei que atenda às nossas reivindicações for encaminhado à Assembleia Legislativa”, disse. Entretanto, o governo estadual divulgou nota oficial durante esta tarde afirmando que "acredita no bom senso dos delegados da Polícia Civil e espera que eles reavaliem a proposta de aumento salarial, que foi feita de acordo com a capacidade de pagamento do Estado".
Esta é a principal reivindicação da categoria, já que os referidos reajustes salariais não acontecem há oito anos, como reforçou Silvana Nunes. Também está entre os motivos de insatisfação a falta de prédios próprios para as instalações da PC, principalmente para a realização de treinamentos. “Estamos há muito tempo sem poder treinar nossos policiais, pois não temos um lugar próprio para este fim”, relatou.
O governo informou que a proposta feita anteriormente garante os aumentos salariais de ativos e inativos, reestrutura a carreira (incluindo a possibilidade de promoções pessoais) e cria gratificação por produtividade a ser anualmente incorporada nos salários até 2014. "O Governo entende que não pode deixar pendências financeiras para serem assumidas pela próxima administração estadual", alerta a nota. Também foi informado que ainda amanhã o secretário de Segurança Pública irá se reunir com representantes da categoria para rediscutir a situação em busca de um acordo.
Devido à paralisação, apenas 14 delegacias de polícia funcionarão em todo o estado, número que corresponde à quantidade de regionais. Dessa forma, serão lavrados apenas flagrantes de crimes hediondos, como assassinatos, estupro, entre outros. “Nenhum boletim de ocorrência, nem mesmo de furto e roubo de veículos será registrado, os policiais militares terão que se deslocar às regionais”, explicou Silvana. Por conta disso, a adminstração estadual pretende se utilizar de um plano de contingência, a fim de não prejudicar a população.
Fonte: Jornal Opção

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