sábado, 21 de abril de 2012

ORDEM E DESORDEM.

 
Thomas Hobbes foi um filósofo inglês, do século XVII, autor da mais célebre obra sobre a natureza do homem. Trata-se do livro Leviatã. Nessa obra, ele diz que o homem é inimigo do homem. Para viver em sociedade, somente com a presença de um “ser superior” - mais forte – que é o Estado para evitar que os seres humanos “se matem” uns aos outros. O que se viu no mês de fevereiro na greve de policiais militares na Bahia trouxe à lembrança a obra de Hobbes. PMs fizeram greve, ocuparam o prédio da Assembleia Legislativa para reivindicar reajuste salarial. A população sentiu medo. O número de homicídios, furtos, roubos e outras ocorrências cresceu. Ao ponto de a Secretaria de Segurança Pública da Bahia indicar um crescimento de 145% em assassinatos. Do dia 1º a 8 de fevereiro, foram 135 homicídios. Na semana anterior à greve, entre 25 e 31 de janeiro foram registrados 55 homicídios. A desordem passou a existir sem a polícia nas ruas. O fato traz à tona a teoria de Hobbes. Se o “homem é inimigo do homem” é preciso que exista o Estado para conter ondas de saques e crimes, como assassinatos. Sem uma “ordem superior do Estado”, haverá mortes e desordem. Evidentemente que não se discute aqui a legitimidade da greve – que é direito constitucional.
Por Edgar E. Leite Elegancia é jornalista, pós graduado em Jornalismo Político pela PUC, com curso de Jornalismo e Políticas Públicas pela USP. Também é mestrado em Ciências Sociais Políticas pela PUC-SP.
Revista Sociologia – Editora Escala

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