sábado, 24 de março de 2012

QUEM PODE, PODE!

Dianne Dias se considera privilegiada porque, aos 24 anos, ainda recebe mesada dos pais. O motivo? Mesmo bacharel em Direito, ela passa a maior parte do tempo estudando para se preparar para concursos públicos. "Lógico que hoje se eles não tivessem condições, eu teria de advogar. Nem todo mundo pode ficar parado para estudar. Mas como eu tenho esse privilégio, tenho de aproveitar para me capacitar mais", afirma.



(Na série Dinheiro na mão de crianças, o G1 mostra como os pais fazem para explicar situações econômicas do dia a dia para os filhos.)
Ela recebe todo mês R$ 2 mil dos pais para a manutenção da casa em que mora sozinha em Fortaleza, ter uma diarista e pagar um pouco de lazer. Para Dianne, ninguém deve receber mesada a vida toda, mas enquanto for realmente necessário. Natural do Rio Grande do Norte, ela recebe mesada há nove anos, desde o ensino médio.
Depois, os pais mantiveram a mesada durante a faculdade e agora ela continua contando com o apoio financeiro para se dedicar aos estudos. "Sei que nem todo mundo tem acesso a isso. Acho que quando você tem um privilégio, você tem de aproveitar a oportunidade", disse.
Ela disse que presta assistência jurídica uma vez por semana a uma empresa para reforçar o orçamento, em especial, para as saídas com amigos. "Não posso me dedicar tanto ao trabalho porque preciso estudar", diz. Dianne reconhece ainda o esforço dos pais e diz que se não recebesse a mesada, não teria como buscar chegar mais longe na profissão. "Teria de estar trabalhando para me sustentar e morar em um apartamento sozinha. Tem as contas de casa para pagar. Por mais que eu passe 90% do meu tempo estudando, não daria", explicou.

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