quinta-feira, 22 de março de 2012

DESABAFO DE UMA PARAENSE

Nany manda o desabafo...


DESABAFO DE UMA PARAENSE
por Alvarez Marcelina

Minha terra tem mangueiras, onde a sombra vou buscar;
os frutos que delas brotam, são mais doces que os de cá.
Minha terra tem um povo, alegre , puro e hospitaleiro,
que emprega o português correto Em seu falar mais corriqueiro.

Tu vistes, tu fostes, tu queres, não é difícil pra nós;
Difícil é falar para aqueles, que não ouvem nossa voz.
Minha terra tem primores, tem belezas sem igual,
o que mais posso dizer da minha bela Belém capital.

Falar o Égua como espanto, ou como forma de encanto;
Torna-se algo grosseiro Nas bocas dos forasteiros.
Como ousam pronunciar assim, minha marca de nascença,
Sem o menor cuidado tomar, achando que isso lhes dará audiência.

Então agora peço licença, Para um conselho lhes dar,
Pois que empreguem os verbos certos.
Em suas conversas de boteco e depois venham pra cá,

Minha cidade é no norte, meu sotaque não é forte,
minha praia é de rio, tô meio longe do mar,
Me refresco é na chuva, depois do tacacá.

Vocês não podem imaginar, nem a GLOBO contará,
Isso tudo só verá quem um dia for ao Pará,

Não permita Deus que eu morra, sem que eu volte para lá;
Sem que encontre as raízes, que deixei ao vir pra cá.

A puta que os Pariu Rede Globo, se quer fazer, que faça direito.
Que isto lhe sirva de lembrete: "Amor Eterno Amor" é o cacete.

 

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