segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Líder em violência, Maceió gasta mais em lixo que em segurança.


Odilon Rios 
Direto de Maceió
A capital de Alagoas, Estado considerado o mais violento do País pelo Ministério da Justiça, vai gastar em 2012 mais dinheiro na administração do lixo que nas áreas de segurança e assistência social juntas. A Superintendência de Limpeza Urbana (Slum) de Maceió terá R$ 155,2 milhões previstos neste ano - quase R$ 40 milhões a mais que no ano passado.
É a terceira pasta com maior aumento de gastos, perdendo apenas para a Secretaria Municipal de Educação - que este ano terá acréscimo de R$ 49 milhões em relação a 2011, totalizando R$ 250 milhões -, e para a Secretaria Municipal de Saúde - que terá R$ 48,1 milhões a mais, comparado ao ano passado, somando R$ 441,6 milhões. Enquanto isso, a Assistência Social terá R$ 34,6 milhões no orçamento de 2012, quatro vezes menos que a Slum, e a Secretaria de Segurança Comunitária receberá R$ 3 milhões, 51 vezes menos.
"O combate à violência, todos sabem, é missão do Estado. O município tem que dar apenas uma mera contribuição, que é trabalhar o social e isso nós estamos fazendo", disse o prefeito Cícero Almeida (PP), ao justificar uma propaganda na televisão em que pede união de todos no combate à onda da violência.
"As parcerias com a saúde, educação e ação social existem entre o Estado e o município. Ambos têm, sim, uma responsabilidade no combate à violência, mas atuando em áreas diferentes. O combate ostensivo não é a nossa atribuição. Nossa responsabilidade é realizar ações na área social", disse Almeida.
Nesta semana, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) esteve em Brasília para pedir "socorro", como disse, ao governo federal. Ele conseguiu uma garantia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, de que Alagoas vai estar na cabeça da lista de prioridades em investimentos para um novo Instituto Médico Legal (IML), nova perícia e ações na área de combate às drogas. Nos discursos, Vilela defende que os poderes "deem as mãos" no combate à violência, incluindo prefeituras e sociedade civil organizada.

Um comentário:

  1. O presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL), sargento Marcos Ramalho, denunciou, na manhã desta segunda-feira (30), em entrevista à Gazetaweb, que os militares estariam enfrentando verdadeiro caos para garantir a prestação de serviços à população alagoana, em virtude de problemas como a falta de material para operações como a de combate à incêndio, por exemplo.

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