quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

GREVE NA PMPA - A REUNIÃO GOVERNO E POLICIAIS MILITARES

Reunião entre Oficiais PM e Governo do Estado
            Ontem, no meio da tarde, os oficiais que servem em Belém foram convocados para participar de uma reunião, ás 18h, no Comando Geral, com o Comandante Geral, Secretário de Segurança e a Secretária de Administração.
            Com atraso de 3 horas, a reunião começou. A titular da SEAD disse que o governo do Estado iria dar um aumento, escalonado, entre 12% a 20% para os praças e que em relação ao oficialato seria feito um estudo para se apresentar um proposta, sendo estipulado o prazo para apresentação desse estudo até o dia 20/01/2012.
            Seguindo o seu pronunciamento, a secretária afirmou que o restante das reivindicações dos praças como tempo integral, dedicação exclusiva, interiorização, entre outras seria negociado  a partir   de março de 2012.
            Após isso, a palavra foi aberta para a plateia. Os oficiais presentes não concordaram com a proposta do Governo de separar os oficiais e praças  em categorias distintas, pois a carreira policial militar é única.  O TC Talles (cmt do 1º BPM), Maj Vasconcelas (CMT BPA) e Cel Cunha (CIOP) fizeram contundentes críticas a proposta do Governo alegando que se dividisse a instituição poderia haver uma crise institucional sem precedentes na história da PM/PA. O TC Rui (Sub diretor de pessoal) também se manifestou contrário a proposta governamental, contudo, de forma mais amena e polida. Ao término de cada pronunciamento os oficiais eram calorosamente aplaudidos, ato que demonstrou o repudio do oficialato, principalmente subalternos e intermediários, em relação ao Governo.
            Representantes das associação dos praças também fizeram uso da palavra e alegaram que não aceitaram o era oferecido pelo governo e apoiaram os oficias dizendo que a PM é única e as propostas de melhorias salariais também devem ser únicas, sendo também, bastante aplaudido.
            Apesar das manifestações, a Secretária foi irredutível e disse que o Estado atravessava uma crise financeira fruto de desmandos do Governo passado.
            O TC Hilton (Cmt do CPC e Presidente do COPM) pediu a palavra e se ofereceu para ser o representante dos oficiais na mesa de negociação do Governo. Houve um silêncio sepulcral no salão, sendo o único oficial a não ser aplaudido, como se os oficiais não aceitassem o TC Hilton como representante da classe.
Depois do encerramento da reunião, o CMT Geral resolveu eleger uma comissão de oficiais para, juntamente com as dos praças, negociar com o governo . A comissão é:
Representante dos Coroneis- Cel Daniel (CMT Geral)
Representante dos Tenente Coroneis- TC Talles e TC Rui
Representante dos Majores –
Representante dos Capitães- Cap Drago
Representante dos Tenentes- Ten Adriano
Hoje, pela manhã, na rede rádio, muitos anônimos manifestavam contrários as propostas do Governo.

3 comentários:

  1. DESABAFO DE UM PROFISSIONAL E SER HUMANO

    Ao abraçar minha profissão tive que modificar hábito de vida antigos, não pude mais frequentar os lugares que frequentava antes, quando no trabalho tenho passe livre em coletivos mas tenho que custear minha condução pois não posso correr o rico de ser reconhecido por bandidos em quanto estiver na condução coletiva, não posso mais andar tranquilo na rua quando de folga pois posso ser reconhecido por aquele que por exercício da profissão tive que privar de liberdade mas por virtude de outro órgão passa a voltar as ruas, meu lazer com a família passa a ser tenso pois passo a temer qualquer semáforo vermelho ou canto escuro, não posso mais morar onde morava pois a segurança minha e da família passa a ser agravada devido a profissão, para minha proteção... pessoal tenho que desembolsar de meus próprios proventos para sua aquisição quando o estado ao me investir com tais deveres deveria custear, ao sair de casa todo dia de manhã tenho que me despedir da família e ver nos olhares deles o medo de sair para trazer o sustento deles posso não voltar a noite, no meu trabalho passo a ser juiz, psicologo, assistente social, amigo, conciliador, parteiro, tenho que tomar a decisão que o juiz tem dias para tomar em uma sala com ar condicionado em frações de segundos( quem vai ficar livre ou sera privado do bem essencial, quem vai viver ou quem terá que morrer), exerço varias profissões sem mesmo ganhar digno na minha e nunca sou reconhecido, muitas vezes tenho que humanizar quando trabalho em situações e jornadas de trabalho desumanas, quando por dever tenho que agir e por consequência respondo juridicamente pois todos meus atos quando de serviço podem ir a julgamento tenho que tirar do sustento da minha família para pagar por advogados quando o estado deveria me suprir tal ajuda pois represento o Estado em minhas ações, sou duramente criticado na imprensa quando erro pois vendo rápido os jornais mas quando faço um ato heroico recebo apenas uma nota ou nem mesmo sou reconhecido por isso, a mesma sociedade que me cobra agir com ética quando estou a desenvolver minhas atividades é a mesma que estando errada tenta me corromper, mas quando entrei na minha profissão entrei de corpo e alma e estou sempre disposto ao entrar no dia-a-dia do trabalho pois amo o que escolhi para fazer.
    Quem sou eu? Muito prazer policial militar e estou sempre disposto a lhe defender sempre que solicitado mesmo com o sacrifício da vida pois esse é meu dever.

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  2. É isso que o governo quer: dividir a tropa, mas nós queremos negociar todos juntos, somos uma tropa de policias militares do Pará e não duas tropas. Alguns oficiais estão reunidos aqui na sede da associação e já sabemos que irão aderir a paralisação caso seja consentido pelos militares hoje na assembléia geral.

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  3. Ao ingressar na policia militar do pará,prometo regular minha conduta,respeitar supeior,dedicar-me ao serviço,a manutenção da ordem pública,mesmo com o sacrificio da propria vida.(Reduzir o texto)Será que vale mesmo sacrificar,e vender nossas vidas por um salário desse?O cmd deveria mudar a letra desse texto durante aformatura dos novos sds.

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