E A HOMOAFETIVIDADE NO QUARTEL?

Militar x sugeri...

Venho através do blog Boca de Jambú lhe sugerir a postagem de um assunto muito delicado nas nossas corporações de servidores militares do Pará, qual seja? A HOMOAFETIVIDADE E SUAS CONSEQUENCIAS NO QUARTEL.

Vou me permitir à omissão do meu gênero, porém, confesso que convivo há muito tempo com uma pessoa do mesmo sexo, mais isso tem me trazido dificuldades desnecessárias na minha vida diária, não somente no quartel, mas, até na vida civil, mesmo que tenhamos todo cuidado com o carinho que sentimos um pelo outro, nos locais públicos.

Na corporação, a situação é semelhante, as pessoas nos julgam pelo que afetivamente desenvolvemos na intimidade de quatro paredes, ainda que essas pessoas não participem desse ato, que é só nosso, é como se nossas atitudes profissionais fossem ser estragadas pelo que sentimos e fazemos com o companheiro (a).

A situação vexatória é exemplificada nas citações hilárias, perniciosas e preconceituosas de colegas de farda sobre o relacionamento homoafetivo, coisa que não acontece quando da relação heterossexual, parece que somos de outro mundo, diferentes ou mesmo doentes, esquecem os homofóbicos, que amor é amor, carinho é carinho em qualquer país do mundo.

Inclusive temos oficiais e praças que são homoafetivos que tem união estável com alguém que não pode assumir, devido as conseqüências que podem sofrer, tais como, ser transferidos para o interior, perder função ou mesmo ser discriminados.

Somos chefes de famílias, com filhos naturais ou adotados, sobrinhos ou dependentes que dependem do nosso trabalho e dedicação, cuja educação é igual a de qualquer família, ou até mesmo melhor, já que são mais sensíveis a não cometer discriminação como sofremos.

Agora que a justiça reconhece as nossas relações, é preciso puxar o debate dessa realidade na corporação.

Espero ter contribuído para melhorar as relações sociais de humanos e melhorar a democracia na caserna.

Militar X